M. Chapoutier Belleruche 2005

Comprei este vinho sem saber o que era, o que valia. Sei, apenas, que custou quase 10€ (Intermarché de Gouveia). Foi, simplesmente, (mais) uma ténue tentativa para provar vinhos lá de fora. O único pensamento (que tive) era não gastar euros à toa. Dito de outra forma, perante o preço, a garrafa e a estética do rótulo achei que não teria um grande prejuízo se, eventualmente, o vinho fosse para o lixo. Acredito que seja um crime dizer isto (para vocês).
Referências sobre o produtor? Como sempre, andei pela rede a vasculhar informações sobre os responsáveis deste tinto. Se quiserem saber, saltem até aqui. No essencial, e de forma (muito) superficial, fiquei com a leve ideia que estava perante um produtor que trabalha vinhos na França e na Austrália.
Regressemos ao tinto em questão. Abre com fruta. Era (muito) evidente a sensação frutada. Cheguei a pensar que o iria colocar rapidamente de lado. Amainou, e ainda bem, por causa da frescura que foi saindo lá de dentro. Parecia (a frescura) ter uma certa inclinação para o vegetal. Tornou-se num fiel aliado. Conseguiu sustentar o temível peso da dita fruta. Depois, partindo do principio que irão perdoar-me os excessos, havia um odor, um cheiro, um aroma tendencialmente mineral. Achei curioso. Estava a enriquecer o vinho.
Por entremeio a força da fruta ressurgia, marcando o (seu) comportamento. Por ali ficou.
Os sabores eram frescos e frutados. Os taninos ofereciam uma leve secura às gengivas. A estrutura revelava interessante amplitude, com uma saborosa gordura. Sedoso. Final agradável.

Não é, para mim, um tinto do outro mundo. É, simplesmente, um vinho que veio de outra terra. Sabe bem, é guloso e pede sempre mais um gole. Se no rótulo não estivesse escrito Côtes-du-Rhône, diria que era de qualquer parte do mundo. Nota Pessoal: 14,5

Comentários

Anónimo disse…
Realmente uma pessoa que tem um blog de notas de prova de vinhos e não sabe quem é o M. Chapoutier mais vale fechar a barraca e começar a beber Camilo Alves ...
Pergunto se não é legítimo e de pleno direito, que uma pessoa queira aprender sobre determinado tema ? Não é normal que se vá aprendendo quem é o Sr. Chapoutier, o Sr. Paul Jaboulet ou o Sr. Paul Feraud ?

O anónimo para não o chamar pelo nome, mostra uma enorme arrogância e igual falta de educação perante uma pessoa que se mostrou sincera e assume o seu desconhecimento perante um produtor e uma marca.
A tal honestidade, frontalidade e seriedade que o anónimo não tem no seu devido sítio para assinar com o seu nome.

É pena que dentro de toda a sua arrogância e pretenciosismo em mostrar aquilo que sabe (onde terá aprendido tanto ? será que nasceu ensinado ?) se esqueceu do mais importante, ter um pingo de educação e sentido pedagógico para informar quem de facto é o Sr. Chapoutier.
Pingas no Copo disse…
Estimado anónimo ficará muito admirado com o que não sei.
Assim que puder farei uma nota de prova sobre o Camilo Alves especialmente para si.

Caro Copod3 obrigado pelas palavras.
Já diversas vezes falámos sobre alguns anónimos que estão aparecer pelos nossos lados. Começa a ser muito curioso a forma como nos interpelam, não achas?

Mais uma vez peço: Não frequentem espaços que não gostem e principalmente não ofendam.
Gus disse…
Caro Pingus,

A única coisa que posso fazer é, com a devida vénia, subscrever as palavras do Copo de 3.

Um forte abraço
Anónimo disse…
Ok.
Penitencio-me, e peço imensa desculpa ao Pingus, ao Copo3 ao Gus e a todos os leitores deste blog que tem imenso valor e no qual o seu autor descreve bastante bem a sua opinião pelos vinhos.
Ontem não estava nos meus dias, e assim sendo reafirmo o meu pedido de desculpas com a continuação do vosso bom trabalho nos vossos blogs.
Pedro Sousa P.T. disse…
Eu então, um fiel leitor deste blog, tomara ter tempo para saber quem são os produtores, e enólogos Portugueses, quanto mais o Sr. Chapoutier. Não desfasendo dos vinhos que vêm lá de fora, a riqueza do "mundo" do vinho no âmbito nacional é tão vasta, que nos dias que correm, com o trabalho e a família, pouco tempo sobra para saber sobre os Srs. Chapoutiers deste Mundo fora.
Abraço
AJS disse…
será que o senhor Anónimo sabe mesmo quem é o Sr. Chapoutier? Eu não sei e seguramente que não é daí que vem o mal ao mundo. Caro Pingus pode ser que na prova do Camilo Alves os anónimos deste mundo fiquem a saber que com uvas também se faz vinho. Um grande abraço.
Comentando o que interessa, parece amigo Rui que te espetaste, e parafraseando um amigo, com um genérico lá da zona.

Trouxe diferença, mais valias ? Ou encaraste apenas como mais um ?
Enquadras a quem nível dos vinhos em Portugal, algum exemplo que te recordes ?

Abraço
Pingas no Copo disse…
Copod3 percebendo pouco da coisa, sabia que por 10€ não estaria a comprar um vinho do outro mundo. Estava claro, para mim, que a probabilidade de ser um vinho de grande tiragem, de baixa gama e genérico era enorme.

A ideia principal era tentar sacar qualquer coisa que trouxesse algo de novo, diferente. Que fosse um achado (Não é o que procuramos?)

Foi simplesmente mais um. Bem feito, muito frutado, com boa frescura (interessante) e guloso (muito). Um estilo universal. Poderia ser de qualquer parte do Mundo.

Abração