Vinha da Defesa (Alentejo) Branco Colheita 2008

Nova roupagem. Um rótulo todo estilizado. Não gostei.

Este vinho branco do Esporão surgiu no copo meio morno, meio tristonho no nariz. Não pareceu ser, particularmente, exuberante. Os aromas e cheiros pareceram-me um pouco presos. Juventude em excesso? Fala-se, por vários lados e bem, da presumível pressa que existe para lançar no mercado alguns vinhos brancos e dos possíveis prejuízos que podem emergir (sem necessidade).
De qualquer modo, era perceptível a fruta madura (o contra-rótulo fala de pêssegos e mangas). Fruta que dominava o conjunto. O resto era tirado a ferros, a muito custo. Faltava-lhe aquela dose de vegetal, precisava de mais limão, de muita lima. Assumidamente estava à espera de algo com mais nervo, com muito mais energia, mais crocante (adoro dizer isto).

O sabor era cordato, mas a roçar uma perigosa mediania. Mais uma vez, não senti energia, vigor. A acidez (que não deixa de ser curioso) esforçava-se desalmadamente para que a coisa corresse de modo diferente. Um branco sem erros, mas a precisar de mais qualquer coisa.
Não será escolha principal para os dias de calor. Pelo preço que custa, existem nas prateleiras outras opções mais bem esgalhadas. De qualquer modo, lá mais para a frente farei outra investida. Nota Pessoal: 13,5

Post Scriptum:
Vinho enviado pelo Produtor.

Comentários

Transparente disse…
Pelo que vejo, o Esporão está a remodelar os seu rótulos. Já vi no Monte Velho e agora no Vinha da Defesa.

Espero que pare por aí e não chegue aos Reserva.