Bom Karácter

Tal como as pessoas, dizem que os vinhos podem ter bom ou mau carácter. Ou, digamos, com fraco carácter, para ser um pouco mais cordial. Continuando a ajuizar por alto, e meio à toa, são aqueles que revelam carácter maleável, facilmente manipulável, umas vezes dizem sim, outras vezes afirmam não, que impacientam e exasperam a alma deste sujeito atoleimado.

Aqui com os vinhos, Tinto Reserva de 2007 e Branco Reserva 2009, a balança tende, sem margem para dúvidas, para o segundo. E recordando o percurso da VDS, o seu portefólio, foram, quase sempre, os vinhos brancos que ganharam a minha estima e, porque não, a minha admiração. Continua, por exemplo, em posição de destaque no meu álbum de recordações enófilas, o Castelo D'Alba Vinhas Velhas 2003. Vinho intenso, edificado com uvas retiradas de vinhas com mais 70 anos, e que a débil memória não me atraiçoe, da zona de Freixo de Espada a Cinta (canto que foi parte importante da minha formação, da minha estruturação como homem).

Posto isto, apraz-me dizer que temos dois vinhos do Douro, está lá a sua marca, coerentes com a prática da casa. Bem trabalhados, de fácil empatia, consensuais e disponibilizados a preços cordiais. Aqui para o caso, e mais uma vez, o branco ganha o mano a mano com o tinto. Tem, efectivamente, Karácter mais forte.

Post Scriptum: Vinhos disponibilizados pelo Distribuidor. 

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