O Dão segundo Peter Viktor Eckert

Antes da prelação, convém pedir, desde já, desculpas por eventuais falhas de interpretação, por transcrições enviusadas. Mas colocar no papel uma conversa entre dois indivíduos é coisa complicada e carregada de subjectividade. Acrescente-se, ainda, o facto que um dos interlocutores é português.
O diálogo com o Peter Viktor Eckert (Quinta das Marias), ele na Suiça e eu em Portugal, tinha como mote principal o Dão e naturalmente os seus vinhos. É também a parte primeira, espero, de um conjunto de testemunhos que visam discutir e reflectir sobre uma região.


Por entre perguntas e respostas, sem qualquer fio condutor, Peter está convicto de que a CVRDão deve ou deverá ser o catalisador, e aglunitador, no que concerne à divulgação e elevação de uma região. Uma promoção que dê enfoque na qualidade, na diferença efectiva dos seus vinhos, independentemente de visões mais ou menos modernistas ou mais ou menos classicistas. Concordo. Tomou como exemplo as regiões espanholas de Toro e Bierzo que, devido a uma verdadeira concertação na promoção dos seus vinhos, passaram de pedaços territoriais sem qualquer significado a zonas internacionalmente conhecidas.  
Opinou que os êxitos de um produtor deverão ser motivo de regozijo entre pares, que a partilha deverá ser feita sem qualquer receio, sendo fundamental para o sucesso de uma comunidade inteira. Infelizmente, sou eu que digo, tal coisa não existe. Opta-se por trabalhar às escondidas, numa lógica puramente individualista, também sou eu que digo

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