Independent Winegrowers Association 2012

É já habitué o encontro promovido pela Independent Winegrowers Association no Ritz, por esta altura, e serve, para myself, como fim de época. É um encerrar de ciclo de actividade enófila que se foi desenrolando durante largos meses. A coisa voltará mexer lá Setembro, com as vindimas.


Mas deixemo-nos de conversa fiada e reposicionemos o enfoque do post no dia 4 de Julho de 2012. Dia em que Casa de Cello, a Quinta do Ameal, Domingos Alves de Sousa, Luis Pato e a joint venture Quinta dos Roques & Quinta das Maias, apresentaram mais uma vez os seus vinhos, com mais ou menos novidades. E não querendo ser, mesmo parecendo bajulante, as expectativas não foram, mais uma vez, defraudadas.

A equipa: Luis Lourenço, Pedro Araujo, João Pedro Araujo, Luís Pato e Tiago Alves de Sousa
Vinhos Verdes de estirpe mineral, vincadamente vegetais e amplamente frescos.

Quinta do Ameal: O Loureiro, a delicadeza e o perfume. Uma novidade: Ameal Solo
Quinta de SanJoanne: A mineralidade, a força e o carácter.
Vinhos do Douro intensos, estruturados, pujantes o quanto baste, sem desprezar a elegância.

Domingos Alves de Sousa: Dois estilos: A força da Vinha do Lordelo e a elegância da Quinta da Gaivosa
Domingos Alves de Sousa: Um Sousão versus um Reserva Pessoal Branco que mantém a diferença que o caracteriza.
Vinhos da Bairrada, ou das Beiras, de perfil fresco, airosos, possuídores de complexidade.

Luís Pato: Um Vinhas Velhas de 2001 cheio de sabor e aroma. Registe-se a complexidade e a frescura do Vinha Barrosa.
Luís Pato: Entre vários espumantes, os Duet marcaram a diferença.
Vinhos do Dão, da minha terra, que reflectem a terra, a vegetação, a pedra, que não pedem pressas.

Quinta dos Roques: Dois tintos de elevada estatura, que pedem tempo.
Quinta dos Roques: O encruzado a indicar boas perspectivas (de futuro).
Quinta da Vegia: Um Dão de terra e da terra. Paulatinamente, e sem qualquer alarido, tornaram-se vinhos incontornáveis.
Desta vez, os homens destas casas, proporcionaram uma singular Master Class em que deram a conhecer ou a relembrar, conforme o posicionamento dos receptores presentes, vinhos de idade mais vetusta.
O balanço, quiçá houvesse dúvidas, foi em termos gerais, francamente positivo, relevando que vinhos made by Portugal são capazes de passar a dezena de anos com enorme dignidade, conseguindo apresentar, ainda hoje, um conjunto de atributos com qualidade significativa. Alguns deles, verdade seja dita, não estariam destinados a durar tanto.

Quem não os conhece?
E como nem só de vinho vive o homem, aconchegaram-nos o estômago, entre outras tantas coisas (boas), com um excelente bocado de vitelão born in Alentejo.

Lombo de Vitelão
E para o ano há mais.

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