Munda Encruzado: Pouco Velho ou Pouco Novo?

Nome mal amado, segundo consta, pelos que advogam um pretenso purismo do Dão, sendo que às vezes, não poucos, não sabem o que isso, efectivamente, quer dizer. Mal amado, por que tem enólogo conhecido, do Douro. Na verdade, já o disse variadas vezes, neste enclave beirão, é-se olhado de soslaio para quem vem de fora, não vá fazer o melhor vinho do mundo. E se alguém o fizer, um dia, vai ser uma complicação dos diabos.


Este vinho ou esta garrafa, como queiram, revelou estar em boas, diria antes em muito boas condições. Vinho com cor brilhante, sem qualquer nuance indicadora de velhice, decadência ou senilidade. Simplesmente vivo. E esta hein (é assim que se escreve)?


Cheiros intensos, vibrantes, bem empachado de sensações, de imagens, de sei lá mais o quê. Sabores pujantes, frescos e refrescantes. Vinho branco, de 2006, colheita estranha, que se apresentou pleno de vida, de saúde, com mais energia que eu. Vinho que encerrou uma longa jornada que deixou saudades. Simplesmente um vinho pouco velho ou (já) pouco novo?

Post Scritpum: Reparei, agora que a Carla também provou e aprovou.

Comentários

Gostei muito deste vinho... Para mim não está velho, está "maduro" e a passar a fase dos 40 (em que, no imaginário popular, os homens apresentam-se experientes, sedutores e sentimentalmente estáveis);)
sinnercitizen disse…
Sempre tive curiosidade em provar estes vinhos. Sabia que o Sr. Olazabal estava envolvido, mas nunca me "puxou", vá-se lá saber porquê...