O Alentejo, o chocolate, os tostados e a fruta preta

No prefácio do painel de prova sobre vinhos tintos alentejanos, realizado pela Revista de Vinhos, a dada altura é referido que os vinhos alentejanos estão mais frescos, mais elegantes e menos concentrados. Palavras que indiciavam uma mudanção de (cento e oitenta graus) no estilo dos vinhos da planície.


Passando, posteriormente, os olhos pelas notas de prova dos diferentes vinhos, fica a ideia, a minha, que havia qualquer coisa que em a bota não batia com perdigota. Tudo, ou em grande parte, apontava para sugestões que, julgo, não fazem parte do léxico característico de vinhos menos concentrados, mais elegantes e menos maduros.
Palavras como chocolate, fruta preta, tostados, alcatrão ou tinta da China, eram repetidas até à exaustão. Após a leitura da dita resenha descritiva, fiquei, eu, simplesmente confuso. Afinal mudaram ou não?

Comentários

Antonio Madeira disse…
Ola Rui Miguel,
Por acaso hoje ao jantar abri um vinho alentejano. Ja ha bastante tempo que não abria nenhum, mas hoje apeteceu-me abrir uma das poucas que me restam na garrafeira.
Tratava-se de um Dona Maria Reserva 2004.
Muito bom, tava-la o cacau, mas tambem a mineralidade, alguma fruta de caroço tipo ameixa preta, muito polido, potente, seco e fresco na boca. Mais do que o estereotipo que descreves no post, lembrou-me curiosamente um Baga da Bairrada.
Abraço
To
Pingas no Copo disse…
Olá Tó, por acaso não deixa de ser curioso essa comparação.
cupido disse…
Estão menos madurões :)
Anónimo disse…
mas nao de uma forma generalizada como a rv deu a entender...