Independent Winegrowers Association 2013

É pura romaria. É, já ,obrigatório rumar até ao Ritz, no prelúdio do mês de Julho, para assistir de bancada ao espectáculo que cinco produtores têm para dar(nos). Os lugares, como deverão compreender, são bastante desejados e regateados. O problema surge, para quem escreve ou finge que escreve, ao fim de cinco anos de participações. As palavras falham-nos e os adjectivos soam bajulação sem alma e sem sentido.


Ainda assim, e correndo o risco de repetição de outras épocas, apraz dizer que o nível dos vinhos apresentado foi, como expectável, elevado. Em meia dúzia de metros quadrados, faz-se uma viagem por quatro regiões demarcadas: Vinhos Verdes, DouroBairrada e Dão. Os estilos, as visões de quem faz, estão marcadas e são facilmente perceptíveis.













Aumentando a parada, atreveria-me a dizer que não há aqui, ou lá, equívocos. Sabem ao que tem de saber: Vinhos Verdes de cariz marcadamente mineral, vincadamente vegetais e amplamente frescos, vinhos do Douro intensos, que não desprezam a elegância, vinhos da Bairrada, de perfil fresco e atlântico e vinhos do Dão a revelarem elegância, frescura e pendor assumidamente gastronómico. Poder-se-á dizer: à escolha do freguês.




E como no ano passado, os tais cinco homens, proporcionaram outra Master Class. O enfoque da aula, desta vez, caiu sobre o tórrido ano de 2003. Foram cinco vinhos: três brancos e dois tintos: Sanjoanne Escolha, Ameal Loureiro, Vinha Formal, Roques Garrafeira e Gaivosa. Mostraram, preto no branco, como se conseguiu dar a volta ao texto, isto é ao calor. Até parece difícil. Ou, se calhar, até parece fácil.



E posto isto, encerro a edição de hoje, porque para o ano há mais. Em dois mil e catorze serão comemorados dez anos de existência deste grémio e creio que a coisa será de arromba.

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