Ribeiro Santo Encruzado: Esclarecer o Vizinho

Hoje resolvi, logo pela manhã, esclarecer o meu vizinho do lado, porque o da frente não liga, de todo, a vinho. Na verdade não tenho muitos vizinhos para elucidar sobre as melhores compras, os melhores vinhos e as tendências a seguir. 


Num puro acto de altruísmo e imbuído de elevado nível de conhecimento sobre a matéria, toquei à porta do referido vizinho do lado. Para se situarem geograficamente, é o vizinho da direita. 
Evitando palavras mais ou menos complicadas, mais ou menos estranhas, disse-lhe que era uma pinga bem porreira, muito mesmo, e que se bebia num ápice. Disse-lhe, se a memória não me falha, que o vinho não era nada pesado, era bem fresco, e que escorria pela goela de forma muito célere, sendo que uma garrafa podia não ser suficiente. 


Por momentos, ainda tive a tentação de mostrar ou puxar pelos galões, mas, vá lá, contive-me. O vizinho do lado, aquele vive à direita, apenas retorquiu, meio ensonado, o seguinte: leva mas é o vinho para o próximo petisco

Comentários

Anónimo disse…
Mas alguém fala com os vizinhos?

Vive numa aldeia ou co(i)sa parecida?