Quinta de Sanjoanne: Venha o Diabo e Escolha

A expressão venha o diabo e escolha pode ser a conclusão a retirar da prova feita in loco com os vinhos da chancela Quinta de Sanjoanne. Que venha o diabo e escolha, porque as diferenças encontradas foram mínimas. Resumiram-se, vá lá, a meros apontamentos de preferência estritamente pessoal. Poderia dizer que gostei mais de A em detrimento de B, mas creio que para o que está em causa, a relevância era diminuta e sem qualquer interesse factual.





De qualquer modo, sobressai a estonteante qualidade, nunca verificada pessoalmente e de forma tão lata, na gama Terroir Mineral. Desde as primeiras colheitas, o seu carácter vincadamente mineral, austero e seco marca presença de forma afincada. Impressionante, também, a forte juventude, a irrequietude, o nervo detectados nas restantes gamas, mostrando uma enorme coerência entre todos os vinhos. 




Importa registar, por isso, que ao fim de uma porrada de vinhos, fica a convicção, minha, de que estivemos perante vinhos de elevado gabarito, capazes de envelhecer ao longo de muitos anos, confirmando que branco verde é para beber também maduro. Desta forma, resta-me terminar como comecei: venha o diabo e escolha, porque eu não consigo. 

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