Outros Tempos: Palmella Superior

E é assim: Não conhecia, perdoem-me os entendidos. Não fazia qualquer ideia da sua existência. Desconhecimento total. Como tal, tenho sempre uma enorme desconfiança ou desconforto quando estou perante vinhos ou situações em que não domino nenhuma das variáveis. Bebo ou provo, por vezes, já com o intuito de largar o dito no momento seguinte. A surpresa, a estupefacção acabam por cair sobre a alma, por diversas vezes, fazendo esbugalhar os olhos. 


Uma rápida e superficial viagem pela rede, constato que serei ou seria o único que não conhecia a antiguidade desta categoria de vinhos. Surgem imagens de garrafas de com rótulos similares, alguns datados outros não, com variações na grafia e formato de garrafas.


Regressando ao presente, largando outras considerações desnecessárias, expressões e comentários mais ou menos incoerentes e ou alucinados, registo para memória futura deste pasquim, a elevada complexidade do vinho, a enorme capacidade para prender, despertar o interesse ao maior incauto. Um vinho que, após o primeiro trago, leva-nos a querer mais, mais e mais até que o estado de ebriedade caia  em cima de nós, de uma vez por todas, e nos adormeça.

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