Maias

Matar saudades. Foi literalmente um momento para matar saudades. A oportunidade para recordar esta ou aquela ocasião. Limpar algumas teias da vista e (re)visualizar pessoas e cheiros. Sentir. Nada de estrondoso, de soberbo. Apenas passagens simples, desprovidas de riquezas, de qualquer ostentação. E sorrir à medida de cada gole.

Não fazia ideia que este rótulo ainda existia. Recordei com satisfação a primeira vez que bebi este vinho. Já lá vão uma porrada de anos. Um vinho volumoso, com estrutura, com densidade e frescura. E tudo isto, com um preço inusitado. 




Constata-se que não é preciso muito, apesar de pensarmos o contrário, de querermos o oposto, para que a satisfação possa ser vivida, alcançada, sem estarmos em constante estado de agonia porque o outro tem e nós não temos. É difícil libertar-nos deste emaranhado de desgostos, é verdade, mas é possível. 

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