Quinta da Zaralhôa

É um projecto que merece atenção, por parte de quem gosta de vinhos, de descobrir coisas novas, para quem gosta de encontrar lugares onde a natureza foi profícua em largar muitos e variados motivos de interesse. Se for o vosso caso, precisa de conhecer e relacionar-se com este produtor do Douro Superior. Aliás, não deixa de ser curioso que nos seus rótulos seja referido a sub-região de origem. Sinal de especificação, revela a origem sem qualquer embaraço. Estabeleci, naturalmente, comparações com outros produtores de outras bandas e que fazem também alusão ao local de onde vêem. Não escamoteiam a naturalidade. Outra curiosidade é relativa ao frontman. O Luis é um apaixonado e praticante de surf. 


Com uma aposta muito forte na exportação, só agora e muito lentamente é que se começam a ouvir, aqui e acolá, algumas referências aos vinhos da Quinta da Zaralhôa. Já era tempo, julgo.
Sem entrar em repetição, estou perante mais um projecto com o qual alimento, sabe-se lá porquê, uma relação de cumplicidade pessoal. Afinidades. 


Lançado recentemente, este vinho branco da colheita de dois mil e catorze vem enriquecer o portefólio da quinta. Um vinho que me pareceu francamente interessante, com uma característica que tendo a valorizar bastante: tem parcimónia aromática. Mostra-se, julgo eu, masculino, robusto, com energia, com frescura. Há ou havia, ainda, por ali um conjunto de impressões de difícil caracterização, o que aumentava a complexidade, a intenção e a vontade de compreender o que é e não é. Estando num estado de plena juventude, percebe-se, assim me pareceu, que temos aqui um vinho que deve ser conhecido pelo pessoal e que possui uma enorme margem de progressão.

Post Scriptum: O Vinho foi oferecido pelo Produtor.

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