O vinho da casa, se faz favor!

Desculpem lá qualquer coisinha, mais uma vez, mas continuo com muitas dificuldades em pagar determinados valores por vinho num restaurante. Epá, custa-me olhar para uma garrafa de vinho que custa numa prateleira três euros e pedirem-me nove euros ou mais. Não sou capaz, não consigo. Não dou. É um absurdo. É um estropio, é uma violação. Ainda por cima, são vinhos que, na maior parte das vezes, não fazem parte das minhas escolhas. 


Quando o faço, é em ocasiões muito especiais, que são raras e sabendo de antemão que o(s) vinho(s) não vale(m) esse preço cá fora. Uma estupidez, assumo. E não me venham, por favor, com a justificação que nestas situações, podemos sempre escolher a cerveja ou a água. Bom, posso partilhar que prefiro Sumol de laranja e se for traçado com branco, melhor ainda. 
Tenho que assumir que me irrita algum preciosismo do tipo: ai e tal, este ou aquele vinho até tem um preço porreiro, tem boa relação qualidade-preço. Não faz qualquer sentido pagar quinze ou vinte euros por uma garrafa de vinho, se o prato que vamos comer custa, por vezes, menos. Ainda mais tresloucado o acto se torna quando, falo por mim, bebemos sozinhos. Já sei. Podemos beber cerveja ou água. Fatalmente, desculpem lá, mais uma vez, mas acabo por escolher, o fatídico jarro, aliás meio jarro, com o vinho da casa, de preferência branco, que vem ali do vizinho e que é de atrás da orelha. É igual ou quase igual ao outro que custa três ou quatro vezes mais, na melhor das hipóteses.


Outra coisa que também me faz eriçar os cabelos, não os da cabeça, são os copos. Existem locais, momentos, ocasiões em que são completamente dispensáveis aquelas etiquetas que tanto gostamos de cumprir. É taça e celebrar o momento. Também já sei. Não frequentam. 

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