Quinta de Baixo, a alma e o corpo

Quando por um motivo qualquer a alma ou espírito não andam bem, ou vivem desorientados, resta-nos alimentar a carne, o corpo. Enchê-lo para lá do limite. Ocupa-se e desgasta-se o corpo. Assim, e por momentos, separamo-nos da alma. A treta, como se sabe, é o após.



Enchi, novamente, o corpo com vinho. Sina. Vinho, esse, que está a viciar, prender-me dia após dia. Se no passado foi o 2001, agora, encharquei-me com o 2003. E valeu por todos os pecados cometidos. 


Castiguei-me, ainda mais, com comida de sustento, pesada, sem qualquer requinte, de técnica rude e sem qualquer apuro, digna de gente obscura, de gente sem regras. É meter no tacho e mais nada.


O vinho, o tal, desapareceu da garrafa. E, por momentos, esqueci tudo.

Comentários

Rita B. M. disse…
Adoro os Quintas de Baixo. O 2000 está espectacular com uns toques fumados e uma elegância muito interessantes.

Uma experiência giríssima foi o ter provado o Quinta de Baixo 1991, porque parecia ainda não estar pronto para beber: uns taninos muito rijos que me faziam pensar se alguma vez evoluiria para a elegância.
Pingus Vinicus disse…
Olá Rita, de facto, existe uma certa aurea em redor do Quinta de Baixo 1991, mas infelizmente não tive a oportunidade, até ao momento, de o beber.
Hugo Mendes disse…
Chatos.....lol!
Pedro Marques disse…
pois.. mas se pedirem muito muito muito podemos ver como estão os garrafeira 94,95 e 96, presos na garrafeira do Vale da Capucha desde o século passado!